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A Cruz de Esmeraldas de Cristina Torrão
Gosto muito de romances históricos. Gosto muito de História e gosto muito de histórias, portanto nada como juntar as duas coisas: a História em literatura.
Já há muito tempo que andava curiosa com esta autora, por encontrá-la muitas vezes na blogosfera, e gostar da sua simpatia. Tive a sorte de me cruzar com um livro dela na livraria da Estação de S. Bento, que visito sempre que posso, e assim poder trazê-lo comigo.
O livro fala sobre a conquista de Lisboa aos Mouros pelo D. Afonso Henriques e Cruzados. No meio, para embelezar, há uma bela moura que conquista um cruzado alemão e que no final desta história ambos acabam a viver em Trás-os-montes no terreno que o rei lhes deu para que colonizassem essa parte do país e em recompensa do bom serviço prestado ao país. Mais uma vez não me desiludi pois, embora pequeno, percebi claramente o processo de recrutamento dos soldados, como se fez o cerco, o tempo que demorou e muitos outros dados sobre o assunto que desconhecia.
Recomendo a sua leitura.
Sinopse da Wook
Momentos depois, derrotado, deixou cair os ombros. Depois, ele próprio também se deixou cair de joelhos no chão pejado de papéis. Fechou as mãos na cabeça e de seguida, muito devagar, deitou-se em posição fetal. Encostou a cara coberta por uma barba de muitos dias ao chão frio. Um dos olhos fechados pela pressão do chão, o outro a ver de lado a destruição que causara na sala, os papéis rasgados, os livros abertos e estragados, os retratos dentro das molduras partidas. Deixou-se ficar ali tanto tempo que acabou por adormecer. Também poderia ser morrer.
Quando acordou, horas depois, recordou por breves instantes o que fizera e doeu-lhe na alma, onde quer que ela estivesse, dentro do seu corpo, todo ele também dorido e massacrado por horas absurdas de inércia, má alimentação e demasiados cigarros.
Depois levantou-se e abriu a janela. Lá fora o dia principiava. Havia ainda o cinzento mas o cheiro verde da árvore em frente trazia para dentro da sala promessas de sol. Apeteceu-lhe um café. Ainda teria algures moedas para um café. E para um jornal. Veria os classificado. Depois daria uma volta pela praça na esperança de poder trocar dois dedos de conversa com os velhos de olhos pequeninos às vezes tristes outras mais alegres e peles enrugadas por vidas intensas e cheias de histórias e que, sentados nos bancos metálicos, esboroam tranquilamente miolo de pão para dar aos pombos.
li·te·ra·tu·ra
(latim litteratura, -ae)
1. Ciência do literato.
2. Conjunto das obras literárias de um país ou de uma época.
3. Disciplina que estuda obras, temas e autores literários.
4. Escritos narrativos, históricos, críticos, de eloquência, de fantasia, de poesia, etc.
5. Conjunto de textos sobre determinado assunto (ex.: literatura científica, literatura de divulgação, literatura técnica). = BIBLIOGRAFIA
5. Folheto que acompanha um medicamento ou alguns outros produto, de conteúdo informativo sobre composição, administração, precauções, etc.
As consequências do Amor de Paolo Sorrentino
De principio tudo parece fazer sentido. Depois há um momento em que algo nos escapa na narrativa e perdemos o pé. Depois tudo é explicado e passa tudo novamente a fazer sentido.
Um homem solitário, com a aparência de um sério homem de negócios que não é mais que um toxicodependente que não acha que o seja, envolvido em negócios com a Cosa Nostra. Apesar da timidez e do esforço que faz para passar o mais despercebido possível acaba por se apaixonar pela empregada do hotel onde vive.
Não será um filme de eleição, mas recomendo mesmo assim, pois aparecem algumas ideias interessantes para pensar no decorrer da narrativa e o tipo de filmagem é diferente do habitual , pelo que pode ser uma experiência interessante.
Um filme de Paolo Sorrentino